sexta-feira, 22 de julho de 2011

Problemas na Ilha de cuba.

Depois de tudo acertado com relação ao seu time de vôlei feminino, o Minas leva um susto: a oposto cubana Daymi Ramires está retida em seu país devido a uma suspeita de falsificação de documentos e vistos de saída de jogadores da Seleção de handebol masculino. Com isso, todos os cubanos que estavam para deixar o país, independentemente da área de trabalho, ficaram impedidos de viajar.

O governo cubano teria recebido uma denúncia de que vários jogadores da equipe de handebol pretendiam desertar ao chegarem ao exterior. Ao checar os documentos, teria sido constatado que vários jogadores estavam com documentos e vistos falsos, o que fez com que as autoridades do país entrassem em alerta.

A primeira providência foi cancelar todas as permissões, entre elas a de Daymi. Somente os altos funcionários do governo cubano puderam viajar para compromissos de interesse do governo local: a solução de questões comerciais e políticas.

Daymi, que na temporada passada passada defendeu o Praia, de Uberlândia, havia acabado de acertar a sua transferência para o clube da capital. Estava feliz, principalmente porque iria jogar com a compatriota Herrera, um dos destaques da última Superliga.

E com a vida definida, Daymi foi a Cuba visitar a família. Segundo informações, há dois anos ela não retornava ao país natal e, antes de se apresentar oficialmente ao Minas, ganhou do clube uma folga para rever os parentes.

A palavra oficial do clube é de que só se pode esperar, já que não se trata de uma negociação com o governo cubano, mas sim com a jogadora e seu agente. Na segunda-feira, o supervisor de vôlei feminino, Mário Marcos, que está em férias, estará de volta e tentará entrar em contato coma jogadora, para saber de sua situação.

Daymi jogou na Seleção Cubana até 2007. Foi um dos destaques de sua equipe na conquista da medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos Rio’2007, quando venceram o Brasil, por 3 a 2, com o último ponto sendo contestado, até hoje, pelas jogadoras brasileiras e principalmente pelo técnico José Roberto Guimarães. “A bola foi fora e o árbitro deu dentro.”

Segundo informações extraoficiais, as investigações dão conta de que tais documentos e as falsificações teriam sido feitas fora de Cuba. Os encarregados do processo entendem que não existe na ilha caribenha equipamento capaz de fazer essa falsificação e nem o papel oficial utilizados na emissão desses documentos e passaporte, muito caro. As suspeitas são de que estrangeiros estariam envolvidos e estes poderiam estar ligados a empresários de atletas. A base do raciocínio está no caso dos pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, que desertaram durante o Pan Rio’2007 e tinham um acordo com agentes que os levariam para lutar na Alemanha.

COPA INTERNACIONAL O Brasil estreou com vitória na Copa Internacional de Vôlei Feminino, que serve de preparação para o Grand Prix, com uma vitória por 3 a 0 sobre o Peru (25/14, 25/15 e 25/13). A competição, que é disputada em Brasília, com jogos no Ginásio Nilson Nélson, foi aberta com uma surpresa, a vitória do Japão, por 3 a 0 (25/21, 25/19 e 15/15) sobre a Itália. Hoje, às 18h30, a Seleção Brasileira enfrentará o Japão. Às 16h, Itália x Peru. O técnico José Roberto Guimarães utiliza o time que considera titular, com Dani Lins, Sheilla, Fabiana, Thaisa, Paula Pequeno, Mari e Fabi (líbero).
Tempo e dinheiro desperdiçados
A deserção de cubanos é uma rotina com a qual o esporte da ilha convive há anos e, recentemente, o Brasil entrou no mapa. Nos Jogos Pan-Americanos Rio’2007 foram cinco deserções: os boxeadores Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux (ouro nos Jogos Olímpicos de Sidney’2000, e Atenas’2004 e no Pan de São Domingos’2003); o jogador de handebol Rafael Capote, o ciclista Michel Fernández Garcia e o técnico de ginásitica artística Lázaro Lamelas Ramirez.

Os pugilistas tinham sido assediados por um empresário, que os levaria para a Alemanha. Capote fugiu da Vila Pan-Americana e foi para Santo André-SP, onde passou a defender o time de handebol local. García, vencedor da classificação por pontos da Volta Internacional de São Paulo’2009, defende a equipe de Ribeirão Preto. Já o treinador de ginástica se arrependeu e voltou para a Vila Pan-Americana.
Normas rígidas para sair do país
De acordo com normas do governo de Cuba, um atleta não tem permissão para deixar o país quando bem entender, e nem mesmo se houver convites de times de outros países. Se um atleta deseja sair do país, tem de primeiro abandonar o esporte e ir trabalhar como uma pessoa comum. Normalmente as vagas de emprego oferecidas são nos serviços de alfândega, seja no controle de entrada e saída de estrangeiros ou na área financeira e de comércio. Depois de dois anos de serviços prestados, o ex-atleta tem permissão para sair e pode até mesmo voltar a a atuar em sua modalidade.
Pequi versão 2011/2012
O trabalho em silêncio, com jeito mineiro. Essa é a arma do técnico do BMG Montes Claros, Manu Arnaut, para tentar superar as equipes que fizeram contratações milionárias para a disputa da temporada 2011/2012 da Superliga Masculina e brigar pelo título. “Vamos deixar que eles sejam apontados como favoritos e fazer o nosso trabalho do jeito mineiro, sem alarde, mas preparados para vencer”, afirmou o treinador, que substitui Talmo.

O novo grupo do BMG Montes Claros foi apresentado em um shopping center da cidade. Dos novos jogadores,o único ausente foi o oposto argentino Federico Pereyra, que vem da disputa das finais da Liga Mundial e deverá chegar à cidade do Norte de Minas dia 27. Ele foi apresentado num vídeo, onde aparece vestindo a camisa do Pequi Atômico e cumprimenta a torcida.

Também foram contratados os ponteiros Reffatti, Léo Caldeira e Serafim, os levantadores Rivoli e Rafinha, o central Silêncio, o oposto Tuba e o líbero Jairzinho. Eles se somaram aos centrais Alberto, Thiago Salsa e Matheusão, o líbero Denisson os reservas Breno (ponteiro) e Guilherme (levantador), que permanecem na equipe.

Manu, que ainda está cuidando da parte física do grupo e vai começar os treinamentos em quadra, fez um estudo sobre o potencial do novo grupo. “Temos uma equipe muito habilidosa, com jogadores que se destacam pelo saque forte”, afirma o treinador, que prefere não enaltecer nenhum valor individual do grupo. “Teremos uma força coletiva e todos os jogadores vão ter que disputar a posição de titular”, disse. Para ele, a equipe tem qualidades e não deve temer rivais milionários como o novato RJX, o Vôlei Futuro, o Cimed Sky, Cruzeiro e o Sesi-SP, atual campeão da Superliga.

Motivação Ex-Minas, Rafinha não se mostra preocupado em disputar posição com Rivoli e ocupar o espaço de Rodriguinho, que era ídolo da torcida. “Disputei seis finais da Superliga e vim para disputar a posição. Fui muito bem recebido na cidade”. O líbero Jairzinho é outro que revela a satisfação de defender o Pequi Atômico. Ele tem uma motivação especial: nasceu em Montes Claros.“É o sonho de todo atleta jogar na sua terra, junto da familia e dos amigos”. Conhecido por vibrar muito em quadra, ele promete incendiar a torcida.

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