sábado, 13 de agosto de 2011

Natália estreia, e Brasil supera Cazaquistão

Quatro jogos depois de ser apenas uma espectadora, a ponteira Natália enfim colocou a sua marca na 19ª edição do Grand Prix. A jogadora foi a principal novidade na convincente atuação do Brasil diante do Cazaquistão, na manhã deste sábado (13), em Almaty.

Com o domínio completo da disputa, a seleção superou a falta de informações para comemorar o quinto triunfo no torneio. E foi mais um pelo placar de 3 sets a 0, parciais de 25/14, 25/18 e 25/20, e de novo com o brilho de Thaísa. A central foi a maior pontuadora da partida, com 15 acertos, sendo cinco deles de bloqueio.

Mais embalado do que nunca, o invicto Brasil chega com moral para desafiar a rival Itália, a partir das 9 horas (de Brasília) deste domingo, no compromisso que fecha a segunda semana de Grand Prix. O elenco verde-amarelo vive melhor momento, com 12 pontos ganhos e a ponta do torneio, enquanto a Itália soma um tento a menos.


Divulgação/FIVB


Natália ficou fora das quatro primeiras partidas


Natália é a novidade do elenco
O quinto compromisso do Brasil no Grand Prix foi marcado pela estreia de Natália, ausente dos outros duelos em razão da recuperação de uma cirurgia na canela. Com isso, quem acabou perdendo o lugar no sexteto principal foi Paula Pequeno, que assistiu do banco ao bom início da seleção.

E nem as poucas informações referentes ao elenco cazaque fez o Brasil oscilar em quadra. Consistente, o time colocou vantagem para cima das adversárias e jogou o primeiro set no comando da disputa. A parcial ficou mais equilibrada até o décimo ponto brasileiro. Daí em diante, o saque funcionou melhor e colocou em dificuldade o Cazaquistão.

O Brasil se aproveitou do momento irregular das cazaques e marcou ponto atrás de ponto no marcador. Rapidamente, a diferença saltou de quatro para dez, após bloqueio preciso de Mari sobre Trubina (22/12). A margem permitiu a Zé Roberto promover a inversão do 5-1, com Fabíola e Tandara nos lugares de Sheilla e Dani Lins.

A oposta ingressou bem e aproveitou os poucos minutos que teve em quadra. Em ataque pela saída, Tandara explorou as mãos das adversárias para marcar o seu primeiro ponto. Na sequência, despejou o saque venenoso, para fazer a linha de passe cazaque bater cabeça e ceder o 25º ponto ao Brasil (25/14).

Saque ajuda Brasil a abrir
Para o segundo set, Zé Roberto mandou para a quadra o mesmo grupo que iniciou a disputa. E a seleção voltou ainda mais inspirada, resultado do bom trabalho de saque. Com Fabiana pelo meio, o time logo empatou em 3 a 3, sem deixar as anfitriãs gostarem da disputa. Depois, o elenco deslanchou e foi para a primeira parada com 8 a 5 no marcador.

Mesmo sem a bola estar na melhor condição, Mari bateu com categoria para marcar 9 a 5 na parcial. E a própria ponteira teve a chance de anotar o 12º ponto, mas acabou bloqueada em ataque pela entrada, após boa troca de bolas das duas equipes (12/8). Além de estar melhor, o Brasil ainda recebeu uma boa ajuda das cazaques.

Com sucessivos erros no ataque das rivais, o Brasil foi abrindo vantagem. No 14º deles, protagonizado por Sitkazinova, o técnico do time da casa tratou de solicitar tempo. E não demorou para as atletas voltarem ao banco. Com um ataque de Thaísa pelo meio e outro de Sheilla pela saída, a seleção marcou 16 a 10 e forçou a segunda parada técnica.

A vantagem brasileira, que já era grande, só cresceu. O saque continuou agressivo, tirando as cazaques das jogadas rápidas pelo meio. Em contrapartida, Dani Lins jogou com a bola nas mãos e abusou da eficiência de Fabiana pelo meio. Thaísa também fez sua parte e parou por duas vezes seguidas Beresneva (23/13).

Apesar de bem atrás do placar, as cazaques não se entregaram e marcaram quatro pontos seguidos, fruto das falhas das brasileiras no passe e virada de bola (23/17). Zé Roberto optou por deixar o jogo correr. E fez bem. Na sequência, Thaísa pôs fim à ascensão rival e fez o Brasil rodar. E Sheilla fechou o placar, em ataque forte pela entrada (25/18).

Desconcentração do Brasil faz Cazaquistão equilibrar
O bom ritmo do Brasil não foi levado para o terceiro set. A equipe começou irregular, revezando-se entre erros de ataque e passe. Nervoso, Zé Roberto tratou de brecar o jogo depois que Mari atacou na rede (2/6). Mais um erro da camisa 7 no ataque custou a vaga da jogadora em quadra. Fernanda Garay entrou na disputa.

Sheilla e cia. até conseguiram reagir, mas não a ponto de impedir o ataque de Beresneva pela entrada, que culminou com o oitavo ponto cazaque (5/8). Não demorou para o Brasil encostar de vez nas oponentes, resultado do bom saque de Dani Lins e o ataque seguro de Thaísa pelo meio (8/8).

As campeãs olímpicas não só empataram, como assumiram o comando do marcador após um erro cazaque de ataque (12/11). O grupo da casa sentiu a reação das oponentes e passou de dominador para dominado. A oposta Sheilla deixou a seleção em boa vantagem ao marcar dois pontos seguidos de saque, determinando a maior diferença até então no set (15/12).

Mas a sobra logo foi perdida, e as mandantes novamente empataram a disputa (16/16). Zé Roberto optou então por colocar Tandara no saque no lugar de Fabiana. A oposta mais uma vez mostrou oportunismo, quebrou a linha de passe rival, e o Brasil abriu dois pontos de frente. Com três, sendo de Thaísa de bloqueio, o Cazaquistão parou o jogo (21/18).

E mais uma vez o Cazaquistão brecou a parcial, após o 22º ponto brasileiro, resultado de mais um bloqueio, desta vez de Sheilla. Com a boa margem no placar, Zé Roberto promoveu a estreia de Adenízia no lugar de Sheilla. Mas a central nem teve tempo de tocar na bola. Natália, pela entrada, estourou o ataque para cima do bloqueio e fechou o jogo.

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